sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

ARQUITECTURA AO CENTRO #31



COMPLEXO ESCOLAR DO FURADOURO
ÓBIDOS, AMOREIRA

Cláudio Sat
Pedro Cancela, Gisela Ferreira, Ricardo Porfírio
Cláudio Sat, Unipessoal, lda
2008

Este complexo possui uma área construída de 6512 m² e ocupa um terreno que possui um suave declive para o sul, com uma excelente exposição solar. Antes da intervenção havia um denso bosque de eucaliptos, no centro deste havia uma clareira de formato triangular. Esta troca de informações sugeriu a proposta da arquitectura do edifício, que foi estruturado em torno de um pátio triangular, um espaço tranquilo, protegido do movimento da Autoestrada Nacional.
A proposta demonstra o agrupamento de três blocos (sistemas): o bloco pedagógico, formado pela administração, salas de aula e especiais voltadas para o oeste; o bloco de desportos, incluindo os vestiários, um pavilhão de jogos ao ar livre orientados para o leste; e, por último, o bloco social, numa posição central, formado pela sala do dentista, uma sala multiusos e outra de música, o restaurante e o bar.
O complexo, em geral, está articulado pelo átrio principal, localizado no eixo da fachada norte. A partir daí existe a opção para seguir em direcção aos espaços de desportos ou dos sistemas de ensino. Depois de entrar no átrio principal, à direita é vista a entrada com a recepção. Deste ponto podemos ir até à papelaria e o conjunto do centro de recursos, que funcionam como espaços dinâmicos nesta área, e em seguida as salas de aula e/ou especiais.
O centro de recursos é uma sala de aula especial, que é o espaço que mais se aproxima do átrio principal, facilitando o uso destas instalações pelos utentes mais diversos. Como é o caso dos blocos das salas de aula, onde também existe a possibilidade de expansão para o pátio onde os alunos podem realizar actividades ao ar livre. Pode-se dizer que o sistema social constitui um “centro cultural” pequeno, levando em consideração as características dos espaços que o compõem e os acessos que o limitam (o átrio principal e o átrio do pavilhão), factores que determinam uma grande autonomia funcional, o que significa que os seus subsistemas podem ser utilizados pela população, sem interferir no funcionamento normal das actividades específicas pedagógicas e desportivas da escola.
Igual ao complexo da escola Alvito, o restaurante e o bar pode ser ampliado como um terraço com vista para o pátio central, de modo que os utentes possam desfrutar dos espectáculos que venham a ocorrer no exterior da sala de usos múltiplos.
O salão multifuncional também se caracteriza por uma grande abertura para o sul, a qual se relaciona com o espaço interior com as melhores vistas da paisagem circundante. No lado norte, há outra janela que permite a iluminação e ventilação do espaço, sendo que existe um sistema de persianas que permite que estas áreas possam ser fechadas e escurecidas. No primeiro andar, na mesma forma que o Complexo dos Arcos, estão agrupados o sistema administrativo e quatro salas de aula, com saída para um pátio de jogos conectado com o átrio central por uma rampa, que ao mesmo tempo conecta as classes com uma zona coberta de recreação ao ar livre.
O sistema desportivo define a borda oriental do complexo com o pavilhão formado pelo subsistema principal. Agrupados em torno deste, está o átrio do pavilhão, e, as proporções de comprimento e largura, as quais correm ao longo do eixo Norte-Sul relacionando-se com o pavilhão, vestiários, salas multiusos, o bar e o restaurante. A área do campo de jogos completa o sistema.
Os espaços ao ar livre incluem recreios, área de acesso, que se apresenta para o átrio principal, estendendo-se para o átrio do pavilhão, o pátio central, que delimita o bloco social, ao oeste pelo bloco pedagógico que está aberto para o sul, com uma rampa que conecta o pátio de recreações ao nível 1.

site: claudiosat.pt

ver mais sobre o projecto:
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espacodearquitetura.com
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