quarta-feira, 15 de novembro de 2017

ARQUITECTURA AO CENTRO #27



MERCADO MUNICIPAL
ABRANTES, ABRANTES

José Mateus e Nuno Mateus
Ricardo Guerreiro, Fábio Cortês, Ana Fontes, Bruno Martins, Filipe Cardoso, João Dantas, Marc Anguill, Sofia Raposo, Miguel Torres
ARX Portugal Arquitectos
2015

O Mercado Municipal de Abrantes localiza-se na transição para o centro histórico, no espaço das antigas oficinas da Rodoviária do Tejo, cujo avançado estado de ruína recomendou a sua total demolição. Trata-se de um lote urbano situado entre duas ruas a cotas diferentes: em baixo (a poente) o Largo do Tribunal, e em cima a nascente, a rua Nossa Senhora da Conceição. É um lote extraordinariamente estreito para o programa em causa, que marca decisivamente o projecto desenhado.
Programaticamente sugeria-se a importância de proceder à ligação dessas ruas, criando um caminho ascendente em direcção ao Museu Ibérico de Arqueologia e Arte, que se pretende construir no Convento de S. Domingos implantado na cota mais alta da cidade. Adicionalmente, uma leitura do local revelou a importância de reflectir sobre o impacto deste novo edifício no seio do casario envolvente, heterogéneo na qualidade arquitectónica e nos tempos de construção, mas também de escala consideravelmente menor, quando observado a partir de poente.
Do ponto de vista tipológico, um mercado é um edifício onde a ideia de espaço público é levada ao extremo. No limite, como ainda acontece em diversas civilizações, o mercado acontece na própria rua onde os comerciantes vendem a quem passa os seus produtos em bancas e coberturas improvisadas, numa diluição ou coincidência total do espaço ‘mercado’ no espaço urbano.
O novo Mercado de Abrantes é simultaneamente edifício e rua. Através dele passa-se de uma rua para outra, seja de forma directa através da escada que se abre no limite norte, ou deambulando entre bancas e a escada em espiral situada no limite sul. No fundo, trata-se fundamentalmente de uma rua conformada e coberta por uma casca de concreto aparente pintada a branco.
No coroamento do edifício dois volumes captam a luz solar que flui para aos pisos inferiores através de aberturas nas lajes dos vários andares, iluminando suavemente os espaços, sublinhando a textura do concreto e marcando a cadência temporal dos dias.

site: arx.pt

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