segunda-feira, 31 de julho de 2017

ARQUITECTURA AO CENTRO #07



CASA SERRA DE TOMAR
TOMAR, SERRA

Joel Esperança e Ruben Vaz
Romeu Sousa (designer)
Frederico Louçano, Margarida Carrilho, Hugo Rainho
Contaminar Arquitectos
2013

Entre a paisagem da serra, descobre-se a Casa Serra de Tomar, realizada por Contaminar Arquitectos. Desta encosta é possível contemplar a barragem de Castelo de Bode e toda a magnífica paisagem envolvente. Uma imensa paisagem marcada pelos tons de terra e do pinhal.
É uma habitação de férias idealizada para dois irmãos. Parece nascer do terreno, fundir-se com ele, através da paleta cromática escolhida, onde foram trabalhados os mesmos tons. O alçado Norte, mais discreto, está semi-enterrado. Os outros alçados, não estão enterrados mas acompanham a morfologia do terreno. A Sul e Oeste, a habitação abre-se sobre a paisagem. Um sistema de portadas permite controlar essa abertura, contemplando a envolvente ou fechando-se a ela. Construídas em chapa metálica - o mesmo material que reveste as paredes onde se abrem os vãos - quando estão fechadas dão à casa a aparência de um maciço negro, impenetrável.
A porta de entrada, elemento discreto e diluído na fachada Norte, é revestida a grés, o mesmo material utilizado no exterior da habitação, tornando-a difícil de identificar.
O espaço interior organiza-se em duas alas, para cada um dos núcleos familiares, em torno de um espaço central comum às duas famílias. É a partir deste espaço de características mais sociais - onde se encontra a entrada, a cozinha e a sala - que a habitação se desenvolve, em forma de S estilizado. A sala e a cozinha são um espaço só, que marca a reunião familiar. A cozinha é “arrumada” nas paredes e a única peça que se destaca é a grande bancada e mesa de jantar, ao centro.
Aqui, é possível contemplar toda a envolvente verde, através de um grande vão na parede. O alpendre, em frente, possibilita também o prolongamento do espaço interior da sala para o exterior, sem perder a privacidade, desfrutando o sossego e o sol das longas tardes de Verão.
Este espaço comum tem um percurso linear a Norte que permite aceder às zonas mais íntimas da casa. Para o lado Este, mais próximo da cozinha, uma pequena rampa direciona para dois dos quartos e uma instalação sanitária. Para o lado Oeste, mais próximo da sala, desenvolve-se um programa idêntico para a família do outro irmão.
(Traduzido por Victor Delaqua / archdaily.com.br)

site: contaminar.pt

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