quinta-feira, 29 de junho de 2017

CARRILHO DA GRAÇA - LISBOA


exposição
CARRILHO DA GRAÇA
LISBOA

Salas do Noviciado, Convento de Cristo, Tomar
7 de Julho a 15 de Setembro

Dando continuidade à parceria entre esta Delegação da Ordem dos Arquitectos com o Convento de Cristo e com o Centro Cultural de Belém - Garagem Sul, a exposição CARRILHO DA GRAÇA - LISBOA que esteve patente ao público no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, de 22 de Setembro a 14 de Fevereiro de 2015, vai estar patente ao público nas Salas do Noviciado do Convento de Cristo, em Tomar, de 7 de Julho a 15 de Setembro, contando-se com a presença do arquitecto João Luís Carrilho da Graça na inauguração, dia 7, pelas 18h00, e que proferirá uma conferência pelas 19h00.



Apesar de um certo carácter antológico, o objeto principal da exposição é a cidade de Lisboa. Lisboa construída sobre o território ao longo da História, sobre uma topografia quase barroca, banhada pela luz do sol refletida na superfície do Tejo. A cidade, construção artificial do homem, até à contemporaneidade.

«A possibilidade de criar relações significativas com o território, entendido em sentido lato, tem sido talvez a principal referência objectiva que os meus projectos procuram construir. Refiro território com o sentido de suporte, de invariância que acolhe a nossa presença e que já está por ela marcada. Num determinado ponto o território tem uma certa constituição geológica, forma topográfica, animais e plantas sob o céu, sol, frio ou chuva. Vivemos sobre a terra e construímos com tudo o que está disponível. Podemos construir o que quisermos, mas não podemos deixar de construir com sentido.»
João Luís Carrilho da Graça, in “A arquitectura é perigosa”, 1994


Curadoria
Marta Sequeira e Susana Rato

segunda-feira, 26 de junho de 2017

ARQUITECTURA AO CENTRO #02



CASA FMS
OURÉM, OURÉM

Filipe Saraiva
Andreia Correia, Agnieszka Marques
Filipe Saraiva Arquitectos
2015-2016

A casa situa-se numa parcela de terreno em Ourém caracterizada por uma configuração rectangular, apresentando uma pendente descendente no sentido sul (junto à via pública). A diferença de cotas do terreno entre o ponto mais elevado e o ponto mais baixo é de aproximadamente 4,50m. Trata-se de um terreno rural, com uma paisagem predominantemente natural, com orientação a sul e vista sobre o Castelo de Ourém.
Quando pedimos a uma criança, em qualquer parte do mundo, que desenhe uma casa, invariavelmente todas nos apresentam uma representação simplista formada por cinco linhas, um rectângulo e dois quadrados. O pentágono composto pelas cinco linhas, representa as paredes e a cobertura. O rectângulo pretende representar a porta e os quadrados,as janelas.
Independentemente da cultura, das referências arquitectónicas de cada lugar, ou do conceito de alojamento mais comum desse mesmo lugar, todas as casas têm características que são transversais a cada um de nós, pois todos nós sentimos a casa como um abrigo que nos protege do mundo que nos rodeia. É o nosso porto de abrigo e o nosso próprio mundo.
Este arquétipo é normalmente definido por um polígono de forma geométrica regular, geralmente bem proporcionado e com dimensões equilibradas, com as quais todos nós nos identificamos.
O projecto consiste numa casa de mim, para mim e para a minha família e pretende ir ao encontro das nossas necessidades funcionais, mas também, satisfazer um leque de requisitos arquitectónicos que fazem parte do meu imaginário formal e espacial, resultantes de uma vivência individual e em família.
Depois do processo de identificação do lugar e aquisição do terreno, o desenvolvimento do projecto transformou-se num processo natural onde as referidas pretensões e memórias começaram a dar sentido ao desenho e este começa a ganhar uma forma consistente.
Esta forma, transformou-se no conceito deste projecto com o qual procurei ser, ao longo de todo o seu desenvolvimento, o mais coerente possível, tentando não desvirtuar o princípio. A pérgola assume o mesmo desenho, enquanto prolongamento da casa.
O projecto desenvolveu-se tendo por base um princípio de composição modular, criando um ritmo próprio nas fachadas e cobertura. O método construtivo adoptado consiste na utilização de painéis pré-fabricados em betão preto, com dimensão regular que define uma estereotomia composta por módulos repetidos dispostos de forma sequencial. A utilização do betão preto enquanto material pretende uma integração sóbria e em sintonia com a paisagem, bem como reduzir os custos de manutenção.
Em termos formais a casa resulta num volume simples e perfeitamente regular, quase monolítico, que pousa no terreno, no sentido longitudinal à sua inclinação, numa cota intermédia sobranceira ao arruamento.

site: www.filipesaraiva.pt

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sexta-feira, 23 de junho de 2017

PROJECTAR #55



A 55.ª edição da actividade PROJECTAR propõe nova sessão dupla, dedicada a momentos revolucionários da arquitectura protagonizados por uma casa de campo, projectada por Andrea Palladio, e um edifício de carácter industrial, desenhado por Claude-Nicolas Ledoux, e terá lugar no auditório da sede da Delegação do Centro da Ordem dos Arquitectos, em Abrantes, já no próximo dia 28 de Junho, pelas 19h00.



Ambos da série Architectures, o primeiro é dedicado à Villa Barbaro, e foi realizado por Stan Neumann em 2006:

Um episódio inédito da série "Arquitecturas" : a Villa Barbaro concebida por Andrea Palladio no século XVI.

Por volta de 1560, em Maser, os irmãos Barbaro, de uma das mais importantes famílias de Veneza, encomendam ao arquitecto Andrea Palladio a construção de uma casa de campo e ao pintor Véronèse a decoração das suas paredes. Antigo canteiro, o arquitecto inventa um novo tipo de residência rural, meio palácio, meio quinta. A villa paladiana é uma revolução. Pela primeira vez, a grande arquitectura preocupa-se com as funções do habitar, procurando ligar o belo e o útil, a coluna do templo e o celeiro...



O segundo documentário sobre a Salina de Arc-et-Senans, foi realizado por Stan Neumann e Richard Copans em 2004:

A salina de Arc-et-Senans construída por Claude-Nicolas Ledoux no século XVIII é uma utopia arquitectónica que serviu de referência aos maiores arquitectos modernos, de Gropius a Le Corbusier...

A Saline de Arc construída entre 1775 e 1779 representa uma revolução na arquitectura, uma década antes da Revolução propriamente dita. Ledoux pretende reinventar a arquitectura, como Rousseau quer reinventar o Contrato Social retornando às origens, aos "princípios naturais".




Com estas sessões propõe-se esta Delegação da Ordem dos Arquitectos exibir documentários de Arquitectura, como forma de divulgar a vida e obra de arquitectos com importância na história e teoria da arquitectura, nacional e internacional, de várias épocas e movimentos, e assim contribuir para o enriquecimento da cultura arquitectónica na nossa região.

Estas sessões destinam-se, para além dos arquitectos da região, a outros técnicos e a todas as pessoas com curiosidade e interesse nestes temas, sendo de acesso livre mas limitadas à lotação do auditório da sede da Delegação do Centro da Ordem dos Arquitectos, em Abrantes, que está disponível para o efeito.

Apoio:
Município de Abrantes

PROGRAMA:

28 de Junho, 19h00
Sede da Delegação do Centro da Ordem dos Arquitectos, Abrantes
A Villa Barbaro (Villa de Maser)
ANDREA PALLADIO

(2006, Stan Neumann, 26')
A Salina de Arc-et-Senans
CLAUDE-NICOLAS LEDOUX

(2004, Stan Neumann e Richard Copans, 25')

quinta-feira, 22 de junho de 2017

HÁ DEZ ANOS - CONCURSO DAS MARGENS DO TEJO


Em 22 de Junho de 2007 foram divulgados, em Constância, os resultados do Concurso Internacional para a Dinamização do Rio nas Margens do Médio Tejo, organizado pela TAGUS - Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior, com a colaboração dos Municípios de Abrantes, Chamusca, Constância e Vila Nova da Barquinha, e cujo júri foi composto pelos arquitectos Gonçalo Byrne (presidente), Luis Moreno Mansilla, Manuel Aires Mateus, arquitecto paisagista João Ferreira Nunes, Dr. António Marques (CCDRLVT), Dr. Pina da Costa e arquitecto Rui Serrano.


(Clique nas imagens para ver mais)

A cerimónia decorreu no Centro Náutico de Constância, Praia do Ribatejo, onde se realizou uma conferência de apresentação das propostas premiadas pelos seus autores, AtelierMob (1.º prémio), Wuda*Wurfbaum Dantas Architects (2.º prémio) e Atelier Rua (3.º prémio) e foi efectuado o lançamento do respectivo catálogo, distribuído com a edição de Julho da revista +arquitectura.
No mesmo local pôde ser visitada a exposição dedicada aos trabalhos apresentados a concurso, que posteriormente esteve patente ao público no Centro Cultural de Vila Nova da Barquinha, de 16 a 26 de Julho, e na Biblioteca Municipal António Botto, em Abrantes, de 17 a 26 de Setembro do mesmo ano.