sábado, 23 de julho de 2016

HABITAR PORTUGAL 12-14 - VISITA GUIADA #1


Exposição
HABITAR PORTUGAL 12-14
Moagem A Portuguesa, Complexo Cultural da Levada de Tomar
20 de Julho a 11 de Setembro
4.ª-feira a domingo, das 15h00 às 19h00
Entrada livre

Os membros desta Delegação da Ordem dos Arquitectos foram convidados pelos comissários da exposição "Habitar Portugal 2012-14" para conduzir a primeira visita guiada, este domingo pelas 18h00, na Moagem A Portuguesa, no Complexo Cultural da Levada de Tomar.

O Habitar Portugal 12-14 pretende ser um olhar sobre a produção arquitectónica portuguesa do último triénio a partir de um ponto de vista que articula duas ideias fundamentais. A primeira decorre do momento que o País vive a que, presumimos, a produção de arquitectura não será alheia. O tema proposto - está a arquitectura sob resgate? - estabelece desde logo um contexto onde situar as obras e um enquadramento para as poder ver e analisar. Acreditamos que este é o pano de fundo do espaço onde, ao longo deste tempo, acontecem as práticas arquitectónicas em Portugal cuja maior ou menor presença o HP vai tratar de analisar.

O Habitar Portugal é uma selecção, uma escolha das obras de arquitectura que, a partir de vários programas, lugares, escalas ou condições, se consideram desde o ponto de vista de cada um dos seus comissariados, exemplares, no seu tempo e na sua condição. Esta é a quinta edição do Habitar Portugal o que significa que esta iniciativa acumulou um acervo de cerca de 400 obras ao longo de 15 anos de existência que deve ser valorizado. Os registos desse acervo permitem-nos hoje estabelecer pontos de comparação com a situação actual, as potenciais transformações na prática projectual ou edificatória afectada pelas condições de austeridade e escassez provocadas pelo resgate da Troika. É essa a segunda ideia fundamental, trazer à luz um palimpsesto que resulta das obras que fizeram parte das quatro edições anteriores e assim encontrar os registos que o lastro que elas deixaram faz emergir em contraste ou continuidade com o momento que vivemos. Crise, resgate e palimpsesto são as marcas da condição actual, estão presentes no quotidiano e na paisagem do país onde hoje vivemos. Que impacto têm na arquitectura em Portugal?

Mais informações em www.habitarportugal.org

quinta-feira, 21 de julho de 2016

PROJECTAR #44


A quadragésima quarta sessão (mais uma vez dupla) da actividade PROJECTAR, com a temática da reabilitação a presidir à selecção dos documentários a exibir, ocorre (pela primeira vez) no mês de Agosto, no dia 4 e terá lugar no auditório do reabilitado Edifício da Resinagem, na Marinha Grande, pelas 19h00.

Ambos da série Architectures, o primeiro, realizado por Richard Copans em 2012, apresenta-nos a reconversão de uma antiga fábrica em centro social e cultural pela arquitecta italo-brasileira Lina Bo Bardi entre 1977 e 1986.

No bairro de Palmeiras, em São Paulo, uma antiga fábrica alinha as suas oficinas de princípios do século XX com estranhos blocos de betão que se erguem face à cidade e às suas torres.
Um centro social e cultural destinado aos empregados do comércio. A sua autora, a arquitecta Lina Bo Bardi, prefere falar de uma «cidade do lazer», como um símbolo, da reconversão de um local de trabalho e afirmação de uma alternativa perante a Metrópole. Uma obra prima da «Architettura Povera».?


in: http://boutique.arte.tv/f8611-architectures_citadelle_loisir_centre_social_pompeia



O segundo documentário, realizado em 2011 por Juliette Garcia, é dedicado à recuperação e adaptação de um edifício administrativo nos arredores de Paris, concebido pelo arquitecto Jacques Kalisz em 1969, em Centro Nacional da Dança pela dupla de arquitectas Antoinette Robain e Claire Guieysse em 2004.

A mutação de um mastodonte de betão, o Centro Administrativo de Patin (1969) em Centro Nacional da Dança (2004)...
... ou o bem sucedido encontro entre Brutus e as bailarinas. Uma reabilitação arquitectónica que deve sem dúvida o seu sucesso à força monumental do edifício original.

in: http://boutique.arte.tv/f8607-architectures_centre_national_de_la_danse



Com estas sessões propõe-se esta Delegação da Ordem dos Arquitectos exibir documentários de Arquitectura, como forma de divulgar a vida e obra de arquitectos com importância na história e teoria da arquitectura, nacional e internacional, de várias épocas e movimentos, e assim contribuir para o enriquecimento da cultura arquitectónica na nossa região.

Estas sessões destinam-se, para além dos arquitectos da região, a outros técnicos e a todas as pessoas com curiosidade e interesse nestes temas, sendo de entrada livre mas limitadas à lotação do auditório do Edifício da Resinagem, na Marinha Grande, disponibilizado para o efeito.

Apoio:
Município da Marinha Grande

PROGRAMA:

4 de Agosto, 19h00
Auditório do Edifício da Resinagem, na Marinha Grande
A Cidade do Lazer, o Centro Social Pompeia em São Paulo
LINA BO BARDI
(2012, Richard Copans, 26')
O Centro Nacional da Dança
J. KALISZ, A. ROBAIN & C. GUIEYSSE
(2011, Juliette Garcia, 26')

quarta-feira, 20 de julho de 2016

HABITAR PORTUGAL 12-14 - DEBATE #1


Arquitectura e inclusão social: a todas as portas
Moinho da Ordem, Complexo Cultural da Levada de Tomar
20 de Julho, 19h00

Os acontecimentos que têm assombrado a Europa pela confrontação a que a obrigam com a sua lógica e os seus valores chegam a Portugal.
A violência das imagens que vemos de refugiados a chegar a uma Europa que se definiu a si mesma como um espaço natural de acolhimento e de inclusão faz-nos reflectir sobre o nosso papel como cidadãos e sobre a acção específica dos arquitectos. Da arquitectura e do seu papel como corpo capaz de integrar em si, na sua disciplina, questões e temas que implicam todos. Inclusão parece-nos ser um tema positivo, ou seja, um tema que surge naturalmente e que decorre da prossecução natural da vida em comunidade. Na realidade, inclusão surge como um tema reactivo, como uma resposta a manifestações de exclusão.

Este será um primeiro tema para o debate, preocupamo-nos com a necessidade de incluir porque nos confrontamos com a exclusão.

O Conjunto Habitacional de Penela, obra que aqui se apresenta pela circunstância de pertencer a uma proximidade geográfica com Tomar, traz-nos a escala e a amplitude destas questões que nos parecem próximas na nossa coexistência mediática com o mundo em que vivemos, neste caso o problema específico dos refugiados sírios, mas traz-nos de volta aos nossos problemas quotidianos como o é a integração das comunidades ciganas no espaço alargado de que todos fazemos parte mesmo que não participem do mediatismo da informação com que nos confrontamos diariamente.
Acontece reconhecermos um problema que existe à frente dos nossos olhos quando o localizamos pela mira dos media. Muitas vezes viver e fazer reconhecer um problema passa por mantê-lo vivo, à luz, longe da obscuridade, do esquecimento.

Boa parte da arquitectura do século XX emerge como resposta às condições de vida de um mundo em processo de industrialização e muitas das respostas então estabelecidas são ainda presentes. As décadas de 1960 e 70 construíram espaços de confluência entre a arquitectura e a sociologia que permanecem actuais e formaram muita da consciência social que tem hoje espaços activos nas discussões que se estabelecem sobre o papel social que a arquitectura tem ou pode vir a ter na vida que todos compartilhamos. A arquitectura manifesta, pelos programas que lhe dão origem e pelas respostas que propõe, um espaço de reflexão sobre a sua participação nos processos de construção das formas e dos espaços em que vivemos.
O segundo tema de discussão que propomos é precisamente sobre esse papel. No espaço de tempo que corresponde a esta edição do Habitar Portugal, 2012-2014, que coincidiu com a intervenção da troika em Portugal, qual é o estado desse espaço de reflexão? Como se manifestou na arquitectura que por aqui se pratica? Que formas, processos, intenções traz a arquitectura para um espaço mais alargado de discussão?

E a arquitectura, ela própria, como fica?

Oradores
João Boto Caeiro (arquitecto, rootstudio (MEX))
José António Pinto / Chalana (assistente social, Bairro do Lagarteiro do Porto)
Manuela Mendes (socióloga, CIES / FAUTL)
Tiago Mota Saraiva (arquitecto, ateliermob)

Moderação
Comissariado
HP12–14

terça-feira, 19 de julho de 2016

PROJECTAR NA MARINHA GRANDE

Pela primeira vez em Agosto, a actividade PROJECTAR vai até à Marinha Grande no próximo dia 4 para outra sessão dupla, desta vez com o tema da Reabilitação, e que terá lugar precisamente no reabilitado Edifício da Resinagem, pelas 19h00, com a projecção dos documentários sobre A Cidade do Lazer, o Centro Social Pompeia em São Paulo, de Lina Bo Bardi, e O Centro Nacional da Dança nos arredores de Paris, com projecto original de Jacques Kalisz, recuperado e adaptado por Antoinette Robain e Claire Guieysse.

segunda-feira, 18 de julho de 2016

HABITAR PORTUGAL 12-14 EM TOMAR


Exposição
HABITAR PORTUGAL 12-14
Moagem A Portuguesa, Complexo Cultural da Levada de Tomar
20 de Julho a 11 de Setembro

A Câmara Municipal de Tomar e a Ordem dos Arquitectos, com a Cinca e a Mapei, convidam para a inauguração da exposição "Habitar Portugal 2012-14".
 
"Habitar Portugal" é uma selecção de obras construídas por aquitectos a trabalhar em Portugal. A presente edição é comissariada pelos arquitectos Luís Tavares Pereira, Bruno Baldaia e Magda Seifert e tem como tema "Está a arquitectura sob resgate?".

20 de Julho
18h00 - Inauguração
Moagem A Portuguesa
Complexo Cultural da Levada de Tomar
19h00 - Debate
"Arquitectura e Inclusão Social: a todas as portas"
João Boto Caeiro (arquitecto, rootstudio (MEX))
José António Pinto (assistente social, Bairro do Lagarteiro do Porto)
Manuela Mendes* (socióloga, CIES / FAUTL)
Tiago Mota Saraiva (arquitecto, ateliermob)
* a confirmar

Mais informações em www.habitarportugal.org

terça-feira, 12 de julho de 2016

PAPELPAREDE 13º - REGENERAÇÃO


Realiza-se nos próximos dias 14 a 16 de Julho, em Viseu, o 14.º CONGRESSO DOS ARQUITECTOS sobre o tema REABILITAR CIDADE COM ARQUITECTURA, cujo programa pode ser consultado aqui.

Extra-programa, e para marcar a presença desta Delegação da Ordem dos Arquitectos no Congresso, será lançado mais um número da publicação PAPELPAREDE, o º13, dedicado ao tema Regeneração, que conta com contributos de Alves Jana, Patrícia Marchante, Os Espacialistas e dos COMOCO: Luis Miguel Correia, Nelson Mota e Susana Constantino.

quarta-feira, 6 de julho de 2016

PROJECTAR COM PETER ZUMTHOR


PETER ZUMTHOR é o arquitecto a que será dedicado o segundo documentário da próxima sessão dupla PROJECTAR, dedicada à temática do turismo e lazer, a realizar na quinta-feira, dia 7 de Julho, pelas 19h00, no auditório do Edifício Cultural da Câmara Municipal de PENICHE.

Consulte a biografia de Peter Zumthor aqui.


Informações sobre os documentários aqui.
Mapa de localização do local onde decorrerá a sessão aqui.

Apoio:
Município de Peniche

PROGRAMA:

7 de Julho, 19h00
Auditório do Edifício Cultural da Câmara Municipal de Peniche
O Hotel Royal SAS
ARNE JACOBSEN
(2008, Richard Copans, 25')
As Termas de Pedra
PETER ZUMTHOR
(2001, Richard Copans, 26')

PROJECTAR COM ARNE JACOBSEN


O arquitecto ARNE JACOBSEN é o autor do projecto que será abordado no primeiro documentário da próxima sessão dupla PROJECTAR, dedicada à temática do turismo e lazer, a realizar na quinta-feira, dia 7 de Julho, pelas 19h00, no auditório do Edifício Cultural da Câmara Municipal de PENICHE.

ARNE JACOBSEN (1902-1971)

Arne Emil Jacobsen nasceu a 11 de Fevereiro de 1902 em Copenhaga. Depois de um estágio como aprendiz de pedreiro, Jacobsen ingressou na Escola de Arquitectura da Academia Real de Belas Artes onde de 1924 a 1927 foi aluno de Kay Fisker e Kaj Gottlob, ambos arquitectos e designers.

Ainda estudante, em 1925 participou na Exposition Internationale des Arts Décoratifs et Industriels Modernes, em Paris, na qual ganhou uma medalha de prata pela concepção de uma cadeira. Aí foi também arrebatado pela estética pioneira do pavilhão L'Esprit Nouveau, de Le Corbusier.

Por essa altura viajou também até à Alemanha, onde travou conhecimento com a arquitectura racionalista de Mies van der Rohe e Walter Gropius. Essas obras influenciaram os seus primeiros projectos, incluindo o seu projecto de fim de curso, o qual foi premiado com uma medalha de ouro.

Em 1929, em colaboração com Flemming Lassen, venceu o concurso promovido pela Associação de Arquitectos da Dinamarca para a concepção da "Casa do Futuro", a qual foi construída à escala natural para a respectiva exposição no Forum de Copenhaga, e que lhe granjeou o reconhecimento imediato como arquitecto ultra-moderno.

No ano seguinte estabeleceu-se em gabinete próprio, e concebeu, entre outras, a casa Rothenborg que desenhou até ao mínimo pormenor, uma característica de muitos dos seus trabalhos posteriores.

Venceu o concurso do Município de Gentofte para projectar o complexo da estância balnear de Klampenborg, na costa Øresund, perto de Copenhaga, que constituiu a sua grande revelação pública na Dinamarca, composto por vários elementos: a praia de Bellevue (1932), incluindo as características torres de vigia, cabines de vestiário e até o vestuário dos empregados; os edifícios de apartamentos Bellavista (1934); e um restaurante e o Teatro Bellevue (1936).

O reconhecimento como um dos expoentes da arquitectura moderna na Dinamarca não o livrou de fortes críticas, precisamente pelo uso desse estilo, como na construção do edifício Stelling (1934-37) na praça histórica Gammeltorv, em Copenhaga, mais tarde apontado como um bom exemplo de intervenção em sítios históricos, ou do seu projecto vencedor (com Erik Møller) no concurso para a Câmara Municipal de Århus (1939-42).

Durante a Segunda Guerra Mundial, teve de se refugiar na Suécia em 1943 devido às suas origens judaicas, onde se dedicou essencialmente a desenhar tecidos e papel de parede. Com o final da guerra em 1945, regressou à Dinamarca onde retomou a sua actividade profissional.

Deste período destacam-se a construção dos conjuntos de casas de Søholm I (1946-50), uma das quais o próprio Jacobsen habitou até ao fim da sua vida, Søholm II (1952) e III (1954), em Klampenborg, e o de Alléhusene, Gentofte, em Copenhaga (1949–1953), marcados por um experimentalismo em torno de materiais tradicionais.

Do bom uso e combinação de diferentes materiais são exemplo o edifício para a Câmara Municipal de Rødovre (1952-56), com a sua escadaria suspensa do tecto por cabos de aço, ou a Escola de Munkegaard (1957), em Copenhaga, com os seus pavilhões ligados por corredores de vidro em torno de pequenos pátios.

A reputação internacional que acumula com a realização destas obras, bem como com a construção do Hotel Royal SAS (1956-60), em Copenhaga, considerado o primeiro "designer hotel" do mundo, traduz-se no convite para participar em concursos ou realizar projectos na Alemanha, e para a construção do St. Catherine's College (1964-66), em Oxford, no Reino Unido.

Quando Arne Jacobsen morreu inesperadamente em 1971, tinha uma série de grandes projectos em curso, incluindo um novo edifício para a Câmara Municipal de Mainz (1966-73), na Alemanha, o Banco Nacional da Dinamarca (1965-71 e 1978) em Copenhaga, ou a Real Embaixada da Dinamarca em Londres (1976-77). Este projectos foram continuados e concluídos pelo gabinete Dissing+Weitling, uma firma montada pelos seus principais colaboradores Hans Dissing e Otto Weitling.

adaptado a partir de en.wikipedia.org e de www.arne-jacobsen.com

Banco Nacional da Dinamarca (1965-71)

Informações sobre os documentários aqui.
Mapa de localização do local onde decorrerá a sessão aqui.

Apoio:
Município de Peniche

PROGRAMA:

7 de Julho, 19h00
Auditório do Edifício Cultural da Câmara Municipal de Peniche
O Hotel Royal SAS
ARNE JACOBSEN
(2008, Richard Copans, 25')
As Termas de Pedra
PETER ZUMTHOR
(2001, Richard Copans, 26')