sexta-feira, 29 de novembro de 2013

ELEIÇÕES PARA A ORDEM DOS ARQUITECTOS

No próximo dia 19 de Dezembro, a Ordem vai a votos para a eleição dos órgãos Nacionais e Regionais Norte e Sul.
 
Com o objectivo de contribuir para um melhor esclarecimento dos eleitores, e por solicitação da Lista A - MAIS Arquitectura candidata aos órgãos nacionais, esta Delegação da Ordem dos Arquitectos promove no próximo dia 10 de Dezembro, terça-feira, pelas 19h00, uma sessão de esclarecimento com o Arq.º João Santa-Rita Fernandes, candidato a Presidente do Conselho Directivo Nacional, na sua sede, em Abrantes.

Assim, vimos convidar todos os colegas a participarem com as suas dúvidas, sugestões ou reclamações, para melhor preparar a acção no próximo mandato, e a aparecer no jantar convívio que se seguirá.

Mais informações em:
Nota sobre a Convocatória das Eleições para o Mandato 2014-2016
Candidaturas Mandato 2014-2016
Publicitação dos Cadernos Eleitorais
Convocatória e Calendário Eleitoral

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

CASA EM MAÇÃO NO ESPAÇOS & CASAS

Uma casa de férias projectada pelo Arq.º Duarte Pape, na aldeia de Vale de Abelha, no concelho de Mação, é um dos temas focados em mais um programa Espaços & Casas, para ver do minuto 10'30" ao 13'30".


Espaços&Casas T5 Eps 33 from GO-TO on Vimeo.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

PROJECTAR COM EILEEN GRAY


EILEEN GRAY será a protagonista da primeira sessão da actividade PROJECTAR contada no feminino, no próximo dia 21 de Novembro, pelas 19h00, no edifício dos Paços do Concelho de ALCANENA.

Nascida em 9 de Agosto de 1878, em Enniscorthy, na Irlanda, como Kathleen Eileen Moray Smith, quinta filha de um pintor amador, que lhe incutiu o gosto pelas artes, e de uma descendente de uma família aristocrática, teve o seu nome alterado para Kathleen Eileen Moray Gray quando a sua mãe se tornou a 19.ª Baronesa Gray.

Foi uma das primeiras mulheres a frequentar a Slade School of Fine Art, em Londres, onde ingressou em 1898, e continuou depois os estudos em Paris, a partir de 1902, na Académie Julian e na École Colarossi, continuando no entanto a visitar frequentemente as casas da família em Londres e na Irlanda.

Em 1905 regressou a Londres por doença da mãe, voltando a frequentar a Slade, onde se sente cada vez mais insatisfeita com o desenho e a pintura. Nas suas deambulações por Londres descobre uma oficina de reparação de trabalhos em laca onde se oferece para trabalhar, o que lhe vai permitir aprender os rudimentos da arte da lacagem, atraída que estava já por essa antiga arte oriental da China e do Japão.

De novo em Paris em 1906, vai continuar a aprender essa arte com Seizo Sugawara, um jovem artífice japonês vindo do norte do Japão que aceita ensinar-lhe os segredos do ofício. Essa aprendizagem vai ocupar-lhe quatro anos, período em que se instala num apartamento em Paris que virá a ser a sua residência até ao final da sua vida.

Mas só em 1913 se sentirá confiante para expor os seus trabalhos, com uns painéis decorativos no Salon des Artistes Décorateurs, que vão despertar o interesse do estilista Jacques Doucet que para além da aquisição aí feita, lhe vai encomendar uma série de trabalhos para o seu apartamento de Paris.

Entretanto, com o estalar da Primeira Grande Guerra, Eileen vai para Londres, levando Sugawara consigo, só voltando a Paris no final de 1917, com o aproximar do fim da guerra, altura em que recebe a encomenda para decorar o interior de um apartamento na Rue de Lota, projecto que ela aproveita para abordar com uma lógica de conjunto, com os seus móveis, tapetes e painéis decorativos. Este seu trabalho será muito bem referenciado em vários artigos em jornais e revistas.

Incentivada por este sucesso e pelo crítico de arquitectura Jean Badovici, abre o seu espaço comercial em Paris em 1922 com nome Galerie Jean Désert, nome masculino fictício, onde vende os seus trabalhos e colaborações com Sugawara e Evelyn Wyld. Conquista uma clientela selecta, onde se contam o realizador René Clair, o escritor James Joyce ou a criadora de moda Elsa Schiaparelli, embora não se revele um negócio rentável. A loja encerra em 1930.

Em 1923 cria um conjunto de quarto, Bedroom-Boudoir para Monte Carlo, no Salon des Artistes Décorateurs, muito mal recebido pela crítica francesa - a filha do Dr. Caligari, chamam-lhe - mas que atrai a atenção do arquitecto holandês J.P. Oud. Também a sua contribuição para o Salon d’Automne do mesmo ano foi elogiada pelos colegas expositores, entre os quais Le Corbusier e o arquitecto Robert Mallet Stevens.

Encorajada pelo seu novo companheiro Jean Badovici, volta-se para a arquitectura, visitando em conjunto vários exemplos da arquitectura moderna na Europa, e projectando a partir de 1924 aquela que será a sua obra maior, a casa E.1027 numa encosta junto ao mar em Roquebrune, perto do Mónaco. Faz o projecto de arquitectura em colaboração com Jean Badovici e desenha todo o mobiliário expressamente para a casa, que fica pronta em 1929.

Estabelece relação com a Union des Artistes Modernes, em cuja exposição de 1930 expõe o projecto da casa E.1027, e que será também publicado no primeiro número da revista L'Architecture d'aujourd'hui.

Em 1932 separa-se de Badovici, a quem deixa a casa E.1027, e começa a construção de uma nova casa na estrada de Castellar para Menton, a que chamará Villa Tempe a Pailla, um projecto mais pessoal e intimista, feito a solo, já sem a colaboração de Jean Badovici. A espaços mais compactos alia mobiliário versátil e articulado.

Aceita o convite de Le Corbusier para participar na Exposition internationale «Arts et Techniques dans la Vie Moderne» de Paris em 1937, com um projecto seu para um Centro de Férias e Lazer. No entanto, levando uma vida cada vez mais de reclusão, não estará presente na inauguração. Entretanto, por essa altura, Le Corbusier enquanto amigo de Badovici, visita a casa E.1027 à qual não resiste adicionar o seu contributo, uma série de pinturas murais nas suas paredes entre 1937-38. Eileen considera esta intervenção, sem a sua autorização, um acto de puro vandalismo e corta relações com Le Corbusier. Quer tenha sido por admiração ou por inveja do resultado atingido por Eileen, a verdade é que Le Corbusier se sentiu cada vez mais ligado à casa. Não logrando adquirir a casa, acabou por comprar um lote de terreno adjacente onde edificou o seu Le Cabanon. Viria a morrer na manhã de 27 de Agosto de 1965, quando foi nadar na praia próximo da casa E.1027.

Eileen Gray continuaria a viver na Villa Tempe a Pailla até ao primeiro ano da Segunda Guerra Mundial, quando foi forçada a mudar-se mais para o interior. Quando a guerra terminou, descobriu que o apartamento em Saint-Tropez onde tinha guardado muitas das suas coisas tinha sido bombardeado e que a Villa Tempe a Pailla tinha sido saqueada. Regressou ao seu apartamento em Paris que, felizmente, permanecia intacto.

Aí levou uma vida recatada na companhia apenas de um círculo muito fechado de amigas, voltando a projectar muito esporadicamente, mas sendo progressivamente cada vez mais esquecida pelos seus pares e pelo meio da arquitectura que entretanto glorificava le Corbusier ou Robert Mallet Stevens.

Em 1968, um artigo na revista Domus volta a chamar a atenção para o seu trabalho, a que se seguiram exposições dedicadas ao seu trabalho em Graz e Viena, em 1970, e em 1972 o leilão do conteúdo do apartamento de Jacques Doucet em Paris, no qual algumas das suas peças atingem valores recorde para peças decorativas do século XX, e uma exposição no Royal Institute of British Architects em Londres. A culminar, a proposta de voltar a fabricar alguns dos seus móveis, processo no qual Eileen Gray ainda vai intervir, nessa altura com mais de noventa anos de idade.

Virá a falecer a 31 de Outubro de 1976, em Paris, no seu apartamento na Rue Bonaparte com 98 anos.


Apoio:
Município de Alcanena

PROGRAMA:

21 de Novembro, 19h00
Edifício dos Paços do Concelho, Alcanena
Convite à Viagem: EILEEN GRAY Designer e Arquitecta
(2006, Jörg Bundschuh, 52')

Em Dezembro não há sessão.
Voltamos a 23 de Janeiro, em Ponte de Sôr.

Estas sessões obtiveram a validação de 1 crédito cada no âmbito da formação obrigatória em temáticas opcionais dos estágios de ingresso na O.A.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

PROJECTAR #16


Pela primeira vez na actividade PROJECTAR, naquela que será a décima-sexta sessão, vamos ter uma vida contada no feminino: Eileen Gray, designer e arquitecta irlandesa será o tema do documentário intitulado "Convite à Viagem", realizado por Jörg Bundschun em 2006, a exibir no edifício dos Paços do Concelho de Alcanena no próximo dia 21 de Novembro, pelas 19h00.

Eileen Gray viveu sempre à frente do seu tempo. Trinta anos após a sua morte, ela continua a ser considerada a própria essência do Moderno. Toda a gente viu já o seu mobiliário, a sua famosa Mesa Ajustável, o Sofá Lola, o Candeeiro Tubo - mas a maioria não conhece na verdade a designer e arquitecta por trás dele.
Nascida em 1878 no seio de uma família aristocrática de linhagem irlandesa e escocesa, começou por estudar em Londres e depois mudou-se para Paris em 1902. Aqui conquistou um vasto respeito pelo seu trabalho. Ao mesmo tempo tomou com gosto o estilo de vida boémio de uma mulher independente. Amou homens e mulheres, carros rápidos, aviões, navios e viagens - e revolucionou a nossa ideia de como vivemos. Como arquitecta, concebeu uma das mais emblemáticas casas do século vinte, a E.1027. A casa em Roquebrune, em frente a Monte Carlo, encantou o colega arquitecto Le Corbusier desde o momento em que a viu até à sua morte - a sua obsessão pelo edifício acabou por destruir a sua amizade com Eileen Gray.
Eileen Gray faleceu em 31 de Outubro de 1976, em Paris - só e praticamente esquecida. Hoje em dia as peças originais do seu mobiliário atingem milhões em leilões, e mentes criadoras famosas como Yves St. Laurent estão entre os seus mais devotos colecionadores. Réplicas das suas peças continuam a ser consideradas avant-garde oitenta anos após a sua criação. Eileen Gray continua a ser um ícone do Moderno, e uma das mulheres mais fascinantes do século vinte.
 



Com estas sessões propõe-se esta Delegação da Ordem dos Arquitectos exibir documentários de Arquitectura, como forma de divulgar a vida e obra de arquitectos com importância na história e teoria da arquitectura, nacional e internacional, de várias épocas e movimentos, e assim contribuir para o enriquecimento da cultura arquitectónica na nossa região.

Estas sessões destinam-se, para além dos arquitectos da região, a todas as pessoas com curiosidade e interesse nestes temas, sendo de acesso livre e limitadas à lotação da sala que, no edifício dos Paços do Concelho de Alcanena, está disponível para o efeito.

Apoio:
Município de Alcanena

PROGRAMA:

21 de Novembro, 19h00
Edifício dos Paços do Concelho, Alcanena
Convite à Viagem: EILEEN GRAY Designer e Arquitecta
(2006, Jörg Bundschuh, 52')

Em Dezembro não há sessão.
Continuamos em Janeiro.

Estas sessões obtiveram a validação de 1 crédito cada no âmbito da formação obrigatória em temáticas opcionais dos estágios de ingresso na O.A.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

PROJECTAR EM ALCANENA

No dia 21 de Novembro, quinta-feira, vamos estar em Alcanena para mais uma sessão da actividade PROJECTAR. Será no edifício dos Paços do Concelho, pelas 19h00, para a exibição de mais um documentário sobre Arquitectura.



Ver Paços do Concelho de Alcanena num mapa maior

Mais informações em breve.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

PROJECTAR #15


A décima quinta sessão PROJECTAR será dedicada ao arquitecto Mies van der Rohe, com a exibição do documentário "Mies", de 1985, realizado por Michael Blackwood, no auditório do Pólo da Universidade de Évora, em Alter do Chão, no próximo dia 24 de Outubro pelas 19h00.

Não é possível compreender o movimento moderno na arquitectura sem conhecer o seu principal mentor, Mies van der Rohe. Juntamente com documentação sobre a sua vida, este filme mostra todos os seus principais edifícios, bem como filmagens raras de Mies a explicar a sua filosofia. Phyllis Lambert relata a sua escolha de Mies para arquitecto do Seagram building. As realizações de Mies e a sua contínua influência são discutidas pelos arquitectos Robert A.M. Stern, Robert Venturi, e Philip Johnson, por antigos alunos e por historiadores de arquitectura. Mies aparece em raras filmagens de época.




Com estas sessões propõe-se esta Delegação da Ordem dos Arquitectos exibir documentários de Arquitectura, como forma de divulgar a vida e obra de arquitectos com importância na história e teoria da arquitectura, nacional e internacional, de várias épocas e movimentos, e assim contribuir para o enriquecimento da cultura arquitectónica na nossa região.

Estas sessões destinam-se, para além dos arquitectos da região, a todas as pessoas com curiosidade e interesse nestes temas, sendo de acesso livre e limitadas à lotação da sala que, no Auditório do Pólo da Universidade de Évora, em Alter do Chão, está disponível para o efeito.

Apoio:
Município de Alter do Chão

Universidade de Évora

PROGRAMA:

24 de Outubro, 19h00
Auditório do Pólo da Universidade de Évora, Alter do Chão
MIES
(1985, Michael Blackwood, 51')

21 de Novembro
(local a anunciar)
(Documentário a anunciar)


Estas sessões obtiveram a validação de 1 crédito cada no âmbito da formação obrigatória em temáticas opcionais dos estágios de ingresso na O.A.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

PROJECTAR EM ALTER DO CHÃO

Continuando a itinerância da actividade PROJECTAR, vamos até Alter do Chão no próximo dia 24 de Outubro, onde pelas 19h00, no Auditório do Pólo da Universidade de Évora, se realizará a décima quinta sessão com a exibição de mais um documentário sobre Arquitectura.



Ver Pólo da Universidade de Évora, Alter do Chão num mapa maior

Mais informações em breve.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

OLHE À SUA VOLTA NO MÉDIO TEJO


Associando-se à campanha "Trabalhar com Arquitectos" a levar a cabo pelas Secções Regionais da Ordem dos Arquitectos, a Delegação de Abrantes promove uma conferência e exposição em Tomar.
 
Olhe à sua volta.
 
TOMAR - 15 de Outubro, 18h30
Instituto Politécnico de Tomar
Pequeno Auditório
 
Exposição e lançamento
PAPELPAREDE 11º
 
Conferência
Abertura: Arq. Pedro Dias Costa, Presidente da Delegação de Abrantes da Ordem dos Arquitectos
Atelier AIRES MATEUS: Centros Escolares da Barquinha e de Abrantes
MXT, Maximina Almeida + Telmo Cruz: Mercado da Comenda, Gavião
ATELIER MOB: Anfiteatro de Rio de Moinhos
Moderador: Arq. Fernando Sanchez Salvador
 
Apoio
Instituto Politécnico de Tomar
 

OLHE À SUA VOLTA


quarta-feira, 11 de setembro de 2013

PROJECTAR #14



A próxima sessão PROJECTAR, a décima quarta, após o interregno de Agosto, vai realizar-se na Golegã, no Auditório Eng. Ricardo Magalhães do EQUUSPOLIS, na quinta-feira dia 19 de Setembro, pelas 19h00, com a exibição de um documentário sobre o arquitecto catalão Ricardo Bofill.

Da série Portraits d'Architectes, Ricardo Bofill: Architecture d'un Nomade, realizado em 1997, leva-nos a conhecer o mais célebre arquitecto catalão na sua casa-estúdio "La fabrica" - uma antiga fábrica de cimento da viragem do séc. XIX para o XX convertida em sua habitação e atelier num processo iniciado em 1973 - ao longo de uma conversa onde nos fala da sua infância na Catalunha, das suas referências clássicas, da sua necessidade de conhecer o mundo e das viagens que realizou e dos seus projectos em curso - à data - na América Latina, em França ou no Japão.

Mostra-nos também algumas das suas obras construídas como o complexo de apartamentos Walden 7, o Teatro Nacional da Catalunha e o Aeroporto, em Barcelona, vários complexos habitacionais e uma Piscina Olímpica em França, entre outros.

Com estas sessões propõe-se esta Delegação da Ordem dos Arquitectos exibir documentários de Arquitectura, como forma de divulgar a vida e obra de arquitectos com importância na história e teoria da arquitectura, nacional e internacional, de várias épocas e movimentos, e assim contribuir para o enriquecimento da cultura arquitectónica na nossa região.

Estas sessões destinam-se, para além dos arquitectos da região, a todas as pessoas com curiosidade e interesse nestes temas, sendo de acesso livre e limitadas à lotação da sala que, no Auditório Eng. Ricardo Magalhães, no Equuspolis, na Golegã, está disponível para o efeito.

Apoio:
Município da Golegã

Equuspolis

PROGRAMA:

19 de Setembro, 19h00
Auditório Eng. Ricardo Magalhães, Equuspolis, Golegã
RICARDO BOFILL - A Arquitectura de Um Nómada
(1997, Jean-Louis André, 52')

24 de Outubro
(local a anunciar)
(Documentário a anunciar)


Estas sessões obtiveram a validação de 1 crédito cada no âmbito da formação obrigatória em temáticas opcionais dos estágios de ingresso na O.A.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

PROJECTAR NA GOLEGÃ

Retomamos as sessões da actividade PROJECTAR no próximo dia 19 de Setembro, pelas 19h00, no Auditório Eng. Ricardo Magalhães, situado no Equuspolis, na Golegã, naquela que será a décima quarta sessão com a exibição de um documentário de 1997 sobre o arquitecto catalão Ricardo Bofill.



Ver Auditório Eng. Ricardo Magalhães num mapa maior

Mais informações em breve.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

PROJECTAR COM FERNANDO TÁVORA


FERNANDO TÁVORA, que faria 90 anos no próximo dia 25 de Agosto, figura chave da chamada Escola do Porto e da Arquitectura Portuguesa, será o tema da próxima sessão PROJECTAR, que se vai realizar no próximo dia 18 de Julho, pelas 19h00, em CONSTÂNCIA, no auditório da Casa-Memória de Camões.

Fernando Luís Cardoso de Menezes de Tavares e Távora nasceu em 1923 no Porto, filho de José Ferrão de Tavares e Távora e de Maria José Lobo de Sousa Machado Cardoso Meneses, descendente da família nobre dos Távoras.

Diplomou-se em Arquitectura pela Escola Superior de Belas Artes do Porto em 1952, tendo no Concurso para a Obtenção do Diploma de Arquitecto (CODA) apresentado o projecto Uma Casa Sobre o Mar com o qual obteve a classificação de dezanove valores. Nesta escola veio a ser assistente a partir de 1957 e, em 1962, foi nomeado Professor Agregado, sendo depois convidado para Professor, cargo que desempenha até 1986. Foi presidente da Comissão Instaladora da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, onde foi professor associado até 1989, e professor catedrático até 1993, ano em que pediu a aposentação. Colaborou também na constituição do Departamento de Arquitectura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra nos anos 80 do século XX.

Em 1955, participou no Inquérito à Arquitectura Popular em Portugal, promovido pelo Sindicato Nacional dos Arquitectos, e foi autor de muitos textos dos quais se destacam "O Problema da Casa Portuguesa" (1947) e "Da Organização do Espaço" (1962).

Entre 1951 e 1959, participou na I Conferência Internacional de Artistas da UNESCO, em Veneza, e nos Congressos Internacionais de Arquitectura Moderna (CIAM), de Hoddesdon, Aix-en-Provence, Dubrovnik e Otterlo, onde conheceu, entre outros, o arquitecto Le Corbusier. Foi Bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian e do Instituto para a Cultura nos Estados Unidos e Japão (1960).

Desenvolveu trabalho em regime de profissão liberal, destacando-se as obras do Mercado Municipal de Santa Maria da Feira (1953-59), o Pavilhão de Ténis da Quinta da Conceição, em Matosinhos (1956-1960), a Casa de Férias no Pinhal de Ofir, em Fão (1957-1958), a ampliação das instalações da Assembleia da República, em Lisboa (1994-1999) ou a Casa da Câmara/Casa dos 24, no Porto (1995-2002) e ainda, na área da conservação e reabilitação do património, a recuperação e adaptação a Pousada do Convento de Santa Marinha da Costa (1975-1984) e o Centro Histórico de Guimarães (1985-1992), a remodelação e ampliação do Museu Nacional de Soares dos Reis (1988-2001) e o restauro do Palácio do Freixo e áreas envolventes, no Porto (1996-2003).

Foi também arquitecto da Câmara Municipal do Porto, consultor da Câmara Municipal de Gaia, consultor do Comissariado para a Renovação Urbana da Área Ribeira / Barredo, consultor do Gabinete Técnico da Comissão de Planeamento da Região Norte e consultor do Gabinete Técnico Local da Câmara Municipal de Guimarães.

Foi distinguido com o 1.º Prémio de Arquitectura da Fundação Calouste Gulbenkian, Prémio Europa Nostra (com o projecto da Casa da Rua Nova, Guimarães), Prémio Turismo e Património 85, o Grande Prémio Nacional de Arquitectura 1987 (com o projecto da Pousada de Santa Marinha, Guimarães) e com o prémio de carreira da 1.ª Bienal de Arquitectura e Engenharia Ibero-Americana de Madrid em 1998. Foi ainda agraciado com a Medalha de Ouro da Cidade do Porto e a Comenda da Ordem Militar de Santiago e Espada.

Faleceu em 3 de Setembro de 2005, em Matosinhos.



Apoio:
Município de Constância


PROGRAMA:

18 de Julho, 19h00
Auditório da Casa-Memória de Camões, Constância
Fernando Távora
(2001, Cristina Antunes, 51')

Em Agosto não há sessão.
Continuamos em Setembro.


Estas sessões obtiveram a validação de 1 crédito cada no âmbito da formação obrigatória em temáticas opcionais dos estágios de ingresso na O.A.

terça-feira, 9 de julho de 2013

PROJECTAR #13

Antecipando o 90.º aniversário do seu nascimento, a próxima sessão da actividade PROJECTAR será dedicada ao arquitecto Fernando Távora, nascido em 25 de Agosto de 1923. Será no próximo dia 18 de Julho, pelas 19h00, no auditório da Casa-Memória de Camões, em Constância.

Figura incontornável da arquitectura portuguesa, no século XX
Um documentário biográfico acerca do arquitecto portuense Fernando Távora.
Nascido em 1923, Fernando Távora formou-se na Escola de Arquitectura do Porto, onde depois foi professor durante 50 anos. A ele se deve grande parte das transformações que levaram a escola a ser uma das mais importantes do país, onde se formaram, por exemplo, Siza Vieira e Souto Moura.
Mas Fernando Távora não foi apenas um grande professor, é também um arquitecto multifacetado, um excelente doutrinador e um notabilíssimo historiador de arquitectura.
Como projectista devemos-lhe, entre outros projectos, a Escola do Cedro, o Mercado da Feira e, sobretudo, magníficas adaptações de edifícios antigos às necessidades actuais, como por exemplo a Pousada de Santa Marinha, executada a partir do Convento da Costa.
Neste documentário procurou-se abordar não só a vida profissional de Fernando Távora, mas também a sua vida e a sua filosofia enquanto arquitecto e enquanto homem.
Contando com depoimentos de Nuno Teotónio Pereira, de Siza Vieira e, sobretudo, do biografado, "Fernando Távora" é um documento de indiscutível interesse que homenageia uma das grandes figuras da arquitectura nacional.


(in http://www.rtp.pt/programa/tv/p12026)


Com estas sessões propõe-se esta Delegação da Ordem dos Arquitectos exibir documentários de Arquitectura, como forma de divulgar a vida e obra de arquitectos com importância na história e teoria da arquitectura, nacional e internacional, de várias épocas e movimentos, e assim contribuir para o enriquecimento da cultura arquitectónica na nossa região.

Estas sessões destinam-se, para além dos arquitectos da região, a todas as pessoas com curiosidade e interesse nestes temas, sendo de acesso livre e limitadas à lotação da sala que, na Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes, em Torres Novas, está disponível para o efeito.

Apoio:
Município de Constância

PROGRAMA:

18 de Julho, 19h00
Auditório da Casa-Memória de Camões, Constância
Fernando Távora
(2001, Cristina Antunes, 51')

Em Agosto não há sessão.
Continuamos em Setembro.

Estas sessões obtiveram a validação de 1 crédito cada no âmbito da formação obrigatória em temáticas opcionais dos estágios de ingresso na O.A.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

13.º CONGRESSO DOS ARQUITECTOS


13.º Congresso dos Arquitectos
4 a 6 de Julho de 2013
Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa
 
Mais informações aqui e aqui.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

PROJECTAR EM CONSTÂNCIA

Constância será a próxima localidade a acolher uma sessão da actividade PROJECTAR, a décima-terceira, que será dedicada ao arquitecto Fernando Távora, e vai decorrer no auditório da Casa-Memória de Camões no próximo dia 18 de Julho, pelas 19h00.



Ver Casa-Memória de Camões, Constância, num mapa maior

Mais informações em breve.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

MÉDIO TEJO - ESTRATÉGIA 2020

 
Médio Tejo – Estratégia 2020

No âmbito da preparação da Estratégia da Região do Médio Tejo para o próximo quadro comunitário 2014-2020, a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo realizou três sessões de trabalho temáticas, com actores chave, locais, regionais e nacionais, mobilizando-os para uma reflexão estratégica para a elaboração e execução de iniciativas e acções a desenvolver com vista ao desenvolvimento e ao crescimento económico, à qualificação das pessoas, competitividade, coesão e sustentabilidade da nossa Região. As sessões de trabalho realizadas foram as seguintes:

Sessão de Trabalho: PESSOAS E INCLUSÃO SOCIAL
27 de Maio de 2013, 10 horas
Local: Centro Cultural Gil Vicente, no Sardoal
 
Sessão de Trabalho: EMPRESAS E COMPETITIVIDADE
31 de Maio de 2013, 16:00 horas
Local: Centro Ciência Viva do Alviela, em Alcanena

Sessão de Trabalho: SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL E TERRITORIAL
04 de Junho de 2013, 15:00 horas
Local: Salão Nobre dos Paços do Concelho, na Sertã

A Delegação de Abrantes da Ordem dos Arquitectos foi convidada a participar na terceira destas sessões, tendo sido representada pelo seu presidente, o arquitecto Pedro Dias Costa, dando assim o seu contributo para a discussão do futuro da região.
 
Com o lema «O Futuro é de Todos, para Todos!», a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo convida a participar nesta iniciativa de definição de estratégias para a Região, enviando contributos para o seguinte contacto:
mediotejo2020@cimt.pt

terça-feira, 18 de junho de 2013

PROJECTAR COM MIGUEL ÂNGELO

MIGUEL ÂNGELO, escultor, pintor e arquitecto italiano, será o tema da próxima sessão PROJECTAR, que se realiza na próxima quinta-feira, dia 20 de Junho, a começar pela 18h30, na Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes, em TORRES NOVAS.

Sinopse do documentário a exibir:


Primeira parte

O caminho de Miguel Ângelo para o sucesso esteve pejado de dificuldades.
A primeira parte retrata as agitadas origens do seu génio, desde as agressões que sofreu do seu pai na juventude, às discussões com colegas artistas.
Os sentimentos do seu pai de que a sua obsessão pela arte traria a desgraça à família não foram suficientes para dissuadir o jovem, determinado Miguel Ângelo.
A aspiração para se tornar escultor ocorreu cedo, quando o seu pai o enviou para uma ama cujo marido era canteiro.
Quando atingiu a adolescência já demonstrava um talento precoce e aos 25 anos de idade era uma estrela em ascensão.
O impetuoso jovem Miguel Ângelo estabeleceu o seu nome como falsificador de obras de arte e a sua primeira grande encomenda foi rejeitada pelo seu patrono.
Uma noite, tomado pela raiva e levado pela determinação de assegurar que o mundo saberia quem ele era, gravou o seu nome ao longo do peito da sua primeira obra prima, a Pietà.
Então, com 26 anos, tomou o aparentemente impossível desafio de esculpir uma colossal estátua do herói bíblico, David, a partir de um imperfeito bloco de mármore.
O imponente nu, com mais de cinco metros de altura, levou mais de dois anos a terminar mas confirmou Miguel Ângelo como o maior escultor vivo, imortalizando-o para sempre.
O documentário mostra o escultor Romolo Burati a recriar aspectos chave do rosto do David, demonstrando a extrema perícia e habilidade incorporadas no refinado trabalho de Miguel Ângelo.
Criada esta grande obra prima, o desafio seguinte para Miguel Ângelo foi conceber uma estrutura para transportar a escultura, que pesava várias toneladas, ao longo de estadas irregulares sem que o gigante se estatelasse no chão.
Não era um feito de somenos mesmo pelos padrões actuais.
Para ilustrar as aptidões técnicas que Miguel Ângelo demonstrou, o programa recorre ao engenheiro Nick McLean para seguir os passos de Miguel Ângelo.
Utilizando ilustrações e o registo do diário de uma testemunha ocular, ele desenvolve uma estrutura para transportar a réplica do David através das calcetadas ruas italianas.
Torna-se claro que a encomenda a Miguel Ângelo de esculpir o David demonstrou que ele era não só um grande escultor, mas também totalmente apto como engenheiro.

Segunda parte

A história da gigantesca luta de Miguel Ângelo para pintar o tecto da Capela Sistina, uma das maravilhas artísticas do mundo, é contada na segunda parte de O Divino Miguel Ângelo.
Imagine-se a tortura que é pintar uma área de 40,9 x 13,4 m2, a uma altura de 20 metros...
Foi precisamente isto que Miguel Ângelo foi forçado a fazer de 1508 a 1512, pelo Papa Júlio II que o encarregou de pintar o tecto da capela Sistina.
Miguel Ângelo encarou-o como uma armadilha montada pelos seus inimigos no Vaticano e sentiu-se horrorizado por ter de vergar-se para o que ele considerava o baixo e inferior ofício de pintor.
O que ele realmente queria era esculpir o túmulo do Papa - uma saga por si só, que o perseguiria nos anos seguintes.
Quando Miguel Ângelo se defrontou com a enorme extensão do tecto, depressa experimentou grandes dificuldades e acabou por destruir o seu próprio trabalho.
Este documentário procura alguns dos maiores desafios que ele enfrentou recorrendo a dois artistas modernos de fresco - Fleur Kelly e Leo Stevenson - para reproduzir na igreja de Leyton, em Londres oriental, a sua própria versão da icónica cena de Deus a dar vida a Adão.
Após quatro anos de luta e desilusões, o tecto da Capela Sistina foi terminado.
Mas o Papa estava insatisfeito com a criação celestial e pediu alterações, como a adição  de mais ouro e azul, por achar que parecia muito pobre. Miguel Ângelo, adoentado pelas provações passadas,  não gostou.
Mas 25 anos mais tarde regressou à Capela Sistina para pintar o fresco do Juízo Final na parede do altar.
Tendo comprovado o seu génio como escultor e pintor, Miguel Ângelo veio ainda alterar completamente o perfil de Roma com os seus projectos arquitectónicos.
Ele quebrou muitas das regras estabelecidas da arquitectura, criando obras belas e radicalmente originais, culminando com a cúpula de São Pedro.
Viveu obcecado com este projecto final o resto da sua vida. Ele encarou-o como uma tarefa profundamente espiritual que asseguraria o seu lugar na História e no Céu.
Nos seus últimos anos, a poesia de Miguel Ângelo também floresceu. Atingido pelo amor profundo por um jovem nobre romano chamado Cavalieri, foi inspirado a escrever alguns dos seus mais comoventes poemas.
Quando Miguel Ângelo morreu com a idade de 88 anos deixou uma fortuna, incluindo 8000 moedas de ouro numa arca junto à sua cama e várias quintas na Toscânia.
Viveu uma vida simples e frugal, mas foi também o mais rico, e mais famoso, artista que alguma vez viveu.

(in http://www.bbc.co.uk/pressoffice/pressreleases/stories/2004/02_february/05/divine_michelangelo_synopses.shtml)



Apoio:
Município de Torres Novas
Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes


PROGRAMA:

20 de Junho, 18h30
Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes, Torres Novas
O Divino Miguel Ângelo
(2004, Tim Dunn e Stuart Elliott, 118')

18 de Julho, 19h00
Auditório da Casa-Memória de Camões, Constância
Fernando Távora
(2001, Cristina Antunes, 51')

Estas sessões obtiveram a validação de 1 crédito cada no âmbito da formação obrigatória em temáticas opcionais dos estágios de ingresso na O.A.

sábado, 15 de junho de 2013

ESCOLA DA BEMPOSTA NA WALLPAPER*

FG+SG fotografia de arquitectura | architectural photography

Fernando Guerra foi convidado a criar um artigo mensal na Wallpaper* online, no qual escolhe os projetos que fotografou do ar durante cada mês. A editora da revista Ellie Stathaki fez a apresentação da colaboração, agora publicada no site da Wallpaper*:
Entre as obras seleccionadas, foi incluído o Centro Escolar da Bemposta, no concelho de Abrantes, obra dos arquitectos Aires Mateus.

Ligações relacionadas:

segunda-feira, 10 de junho de 2013

PROJECTAR #12



Propomos o início mais cedo, pelas 18h30, para a próxima sessão da actividade PROJECTAR, a décima segunda, que se realiza em Torres Novas, na Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes, no próximo dia 20 de Junho, sendo dedicada ao escultor, pintor e arquitecto Miguel Ângelo.

Criar uma das maiores obras primas da Humanidade é impressionante.
Criar três delas é verdadeiramente assombroso - mas foi isso mesmo que Miguel Ângelo fez há quinhentos anos atrás.
Com as suas próprias mãos concebeu e executou a mais famosa escultura do mundo - o David; a mais impressionante pintura - o tecto da Capela Sistina; e um dos mais notáveis edifícios do mundo - a cúpula da Catedral de São Pedro, a jóia da coroa do skyline da cidade de Roma.
No ano em que o David comemorou o seu 500.º aniversário, a BBC ONE reavivou a história de um dos mais dotados, e mais impetuosos, artistas da História.
De uma infância traumática, Miguel Ângelo elevou-se ao mais alto nível do génio artístico como escultor, pintor, arquitecto e poeta.
As suas obras têm uma escala tal, de uma força e beleza impressionantes, que durante séculos não se podia crer que tivessem sido criadas por um simples mortal.
A extraordinária vida de Miguel Ângelo estendeu-se ao longo de quase 90 anos, de 1475 a 1564.
Era uma personagem complexa: umas vezes com mau génio e paranóico, outras generoso e carinhoso.
A sua paixão pela arte, pela beleza e por Deus foi o seu alento ao longo da sua vida.
Neste documentário em duas partes - [a exibir ambas nesta sessão do PROJECTAR] - reconhecidos historiadores desmontam muitos dos mitos em torno da extraordinária vida do artista e artistas actuais tentam recriar alguns elementos das  mais icónicas obras de Miguel Ângelo - da técnica do fresco até ao esculpir uma réplica do David.
Isto em conjunto com reconstituições dramatizadas da vida de Miguel Ângelo baseadas nos seus próprios relatos.
Filmado em Roma e em Florença, com o actor Shakespeariano Stephen Noonan no papel do artista, o documentário explora o modo como Miguel Ângelo surge como a própria personificação do Renascimento, alegadamente por inspiração divina.



Com estas sessões propõe-se esta Delegação da Ordem dos Arquitectos exibir documentários de Arquitectura, como forma de divulgar a vida e obra de arquitectos com importância na história e teoria da arquitectura, nacional e internacional, de várias épocas e movimentos, e assim contribuir para o enriquecimento da cultura arquitectónica na nossa região.

Estas sessões destinam-se, para além dos arquitectos da região, a todas as pessoas com curiosidade e interesse nestes temas, sendo de acesso livre e limitadas à lotação da sala que, na Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes, em Torres Novas, está disponível para o efeito.

Apoio:
Município de Torres Novas

Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes

 PROGRAMA:

20 de Junho, 18h30
Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes, Torres Novas
O Divino Miguel Ângelo
(2004, Tim Dunn e Stuart Elliott, 118')

18 de Julho, 19h00
Auditório da Casa-Memória de Camões, Constância
Fernando Távora
(2001, Cristina Antunes, 51')

Estas sessões obtiveram a validação de 1 crédito cada no âmbito da formação obrigatória em temáticas opcionais dos estágios de ingresso na O.A.

terça-feira, 4 de junho de 2013

PROJECTAR EM TORRES NOVAS

Com início mais cedo, pelas 18h30, a próxima sessão da actividade PROJECTAR, a décima segunda, vai realizar-se em Torres Novas, na Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes, no próximo dia 20 de Junho, sendo dedicada ao escultor, pintor e arquitecto Miguel Ângelo.



Ver Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes num mapa maior

Mais informação em breve.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

UM ANO A PROJECTAR

Faz hoje, dia 31 de Maio, um ano que se realizou a primeira sessão PROJECTAR, actividade promovida pela Delegação de Abrantes da Ordem dos Arquitectos, na qual têm sido exibidos documentários de Arquitectura, uma vez por mês, primeiro na sede da Delegação em Abrantes, depois em itinerância, tendo já passado pelo Sardoal, Entroncamento, Tomar, Vila de Rei, Chamusca e Mação.

Com o objectivo de enriquecer a cultura arquitectónica na nossa região, através da divulgação da vida e obra de arquitectos com importância na história e teoria da arquitectura, nacional e internacional, de várias épocas e movimentos, pretende-se chegar a todas as pessoas com curiosidade e interesse nestes temas, assim como aos arquitectos da região.

Sempre de entrada livre, apenas limitadas à lotação das salas que têm acolhido as sessões, por aqui já passaram as obras dos arquitectos portugueses Teotónio Pereira, Gonçalo Byrne ou Álvaro Siza, marcos da arquitectura do século XX como Frank Lloyd Wright, Antoni Gaudi,  Le Corbusier, Óscar Niemeyer ou Alvar Aalto, e contemporâneos como Rem Koolhaas ou Frank Gehry.

Contando com o apoio imprescindível dos Municípios que têm acolhido estas sessões, assim como do Cineclube de Tomar, a regularidade da actividade foi apenas interrompida em Agosto e Dezembro, devido às férias de Verão e à época natalícia.

Na primeira sessão, realizada há precisamente um ano, foram exibidos os documentários da série ARCHITECTURES, dedicados ao Edifício Johnson, de Frank Lloyd Wright, à Villa dall'Ava, de Rem Koolhaas, e à Casa Milá, de Antoni Gaudi, realizados por Frédéric Compain e Richard Copans (versões narradas em inglês com legendas em português).

Podem aqui ser (re)vistos nas versões disponibilizadas no Youtube:





terça-feira, 21 de maio de 2013

PROJECTAR COM ALVAR AALTO


ALVAR AALTO, um dos principais pioneiros do Movimento Moderno da Arquitectura do Século XX, será o tema central da próxima sessão PROJECTAR, que terá lugar em MAÇÃO, esta quinta-feira, dia 23 de Maio, pelas 21h30, no Auditório do Centro Cultural Elvino Pereira.

Hugo Alvar Henrik Aalto nasceu a 3 de Fevereiro de 1898 em Kuortane, na Finlândia. Ainda na infância, muda-se com a família  para Jyväskyla, na Finlândia Central, onde faz os seus estudos de base. Em 1916 ingressa no Instituto Tecnológico de Helsinquia (depois Universidade de Tecnologia de Helsínquia e actualmente parte da Universidade Aalto) onde se formou em Arquitectura em 1921, com distinção.

Após viajar pela Europa, regressa a Jyväskyla, onde estabelece o seu primeiro atelier, em 1923. Em 1925 casa com Aino Marsio, também arquitecta, passando a lua de mel na Itália, consolidando uma importante relação com a cultura e arquitectura mediterrânica que o irá marcar para o resto da sua vida. O casal tem dois filhos, Johanna em 1925 e Hamilkar em 1928. Em 1927, mudam o seu atelier para Turku, e em 1931 para Helsínquia.

Embora as suas primeiras obras sigam a linha do Classicismo Nórdico, cedo começou a adoptar os princípios do Modernismo, numa arquitectura funcionalista com uma abordagem humanista que lhe dá um cunho pessoal, de que se destacam o Sanatório em Paimio (1929-32) e a Biblioteca de Viipuri (1927-35), que desde logo lhe dão projecção internacional.

Tornou-se membro do Congresso Internacional de Arquitectura Moderna (CIAM), assistindo aos segundo  e quarto congressos, em Frankfurt (1929) e Atenas (1933), período durante o qual segue de perto o trabalho de Le Corbusier, com quem se encontra em Paris.

Paralelamente ou como extensão da sua arquitectura, concebe mobiliário e iluminação numa combinação de sentido prático e estético com requisitos de produção em série, cujo sucesso e aumento de encomendas o leva a fundar com Aino Aalto, Maire Gullichsen e Nils-Gustav Hahl a empresa Artek em 1935. Ainda no que se refere a design, Aalto explorou novas formas de trabalhar o vidro em geometrias livres inspiradas na forma dos lagos da sua terra natal.

A partir de final dos anos 1930, a expressão da arquitectura de Alvar Aalto é enriquecida com o uso de formas orgânicas,  materiais naturais e uma crescente liberdade na composição dos espaços. Um primeiro exemplo desta abordagem é o Pavilhão da Finlândia para a Feira Mundial de Nova Iorque em 1939, considerado por Frank Lloyd Wright como uma "obra de génio".

Este experimentalismo é levado mais longe no projecto da Villa Mairea (1939) em Noormarkku, a residência privada do casal Harry and Maire Gullichsen, no qual consegue fazer uma síntese de vários temas e influências, desde a arquitectutra vernacular finlandesa ao purismo modernista, passando pela arquitectura britânica e japonesa.

Em 1941 é convidado para dar aulas no MIT, nos Estados Unidos, para onde projecta a residência de estudantes Baker House, concluída em 1948. Neste edifício faz uso do tijolo maciço, material que vai voltar a explorar e experimentar intensamente nos projectos seguintes.

Em 1949, a sua esposa e colaboradora, Aino Aalto, morre vítima de cancro. Volta a casar em 1952 com a arquitecta Elissa Mäkiniemi, que com ele colaborava como assistente no seu atelier, para quem projectou e construiu uma casa de verão em Muuratsalo, na Finlândia Central, denominada Casa Experimental (1957).

Dos anos 1950 em diante, o trabalho de Alvar Aalto vai centrar-se principalmente em projectos para edifícios públicos, como vários edifícios do novo campus da Universidade de Tecnologia de Helsínquia (a partir de 1950), a Câmara Municipal de Säynätsalo (1948-52), o Instituto de Pedagogia de Jyväskylä, actualmente Universidade de Jyväskylä (1951-57), e a casa de Cultura em Helsínquia (1952-56).

Também desenvolveu projectos de desenho urbano, e de entre os seus planos que foram concretizados destacam-se o centro urbano de Seinäjoki (1956-65/87), o centro urbano de Rovaniemi (1963-76/88) e o parcialmente realizado centro cultural e administrativo de Jyväskylä (1970-82).

Desde os anos 1950, o trabalho de Alvar Aalto ultrapassa as fronteiras do seu país, sendo vários edifícios seus construídos noutros paises, como o Museu Kusten de Arte Moderna, em Aalborg, Dinamarca (1958-72), ou a Opera de Essen, na Alemanha (1959-88).

Após a sua morte a 11 de Maio de 1976, várias das suas obras foram concluídas sob orientação da sua viúva Elissa, que assumiu a direcção do seu atelier. Estima-se que a sua obra totaliza mais de meio milhar de projectos, dos quais cerca de três centenas foram construídos.

Entre muitas distinções e prémios, Alvar Aalto recebeu a Medalha de Ouro do Royal Institute of British Architects (RIBA), em 1957, a Medalha de Ouro do American Institute of Architects (AIA), em 1963, e a Medalha com o seu nome em 1967. Foi também membro da Academia da Finlândia, sendo seu presidente de 1963 a 1968.






Apoio:
Município de Mação


PROGRAMA:

23 de Maio, 21h30
Auditório do Centro Cultural Elvino Pereira, Mação
Alvar Aalto - Visão para um Mundo Melhor
(1998, Eeva Vuorenpää, 54')

20 de Junho, 18h30
Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes, Torres Novas
O Divino Miguel Ângelo
(2004, Tim Dunn e Stuart Elliott, 118')

Estas sessões obtiveram a validação de 1 crédito cada no âmbito da formação obrigatória em temáticas opcionais dos estágios de ingresso na O.A.

domingo, 12 de maio de 2013

PROJECTAR #11



Na décima primeira sessão Projectar, que se realiza no próximo dia 23 de Maio, pelas 21h30, no Auditório do Centro Cultural Elvino Pereira, em Mação, será exibido o documentário Alvar Aalto - Visão para um Mundo Melhor, realizado em 1998 por Eeva Vuorenpää.

O documentário "Alvar Aalto - Visão para um Mundo Melhor" foca a carreira de Alvar Aalto a partir da segunda metade dos anos 30 do século XX, quando ele se distancia do Funcionalismo Racionalista Europeu e segue uma via própria, enriquecendo a arquitectura internacional com uma nova perspectiva, mais humanista e voltada para a natureza. O documentário procura dar-nos a ver o processo criativo de Alvar Aalto na tentativa de demonstrar como a sua arquitectura surgiu. O ponto de viragem do pensamento de Alvar Aalto ocorreu com a Villa Mairea, uma casa familiar na Finlândia ocidental (1938-39). O documentário compõe um retrato de Alvar Aalto como homem e como artista. Inclui imagens de arquivo antes inéditas, cartas e entrevistas com contemporâneos e especialistas em arquitectura internacional.

Eeva-Angelina Vuorenpää, nascida em 1939, estudou Ciências Humanas na Universidade de Helsínquia, cinema e documentarismo na Universidade de Arte e Design, em Helsínquia, e  no Instituto de Radio e TV de Helsínquia. Trabalha na TV 1, canal da Yle, a Companhia de Televisão Estatal Finlandesa, como produtora e realizadora. Fez vários documentários para televisão sobre a literatura, arte e arquitectura finlandesas. Muitos deles foram exibidos em festivais de cinema e exibidos e transmitidos em canais de televisão internacionais. Produziu também vários videos para a exposição sobre Alvar Aalto "Between humanism and materialism” no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, em 1998.

(in http://architettura.it/image/festival/2000/en/works/2000064.htm)


 
Com estas sessões propõe-se esta Delegação da Ordem dos Arquitectos exibir documentários de Arquitectura, como forma de divulgar a vida e obra de arquitectos com importância na história e teoria da arquitectura, nacional e internacional, de várias épocas e movimentos, e assim contribuir para o enriquecimento da cultura arquitectónica na nossa região.

Estas sessões destinam-se, para além dos arquitectos da região, a todas as pessoas com curiosidade e interesse nestes temas, sendo de acesso livre e limitadas à lotação da sala que, no Centro Cultural Elvino Pereira, em Mação, está disponível para o efeito.


Apoio:
Município de Mação


PROGRAMA:

23 de Maio, 21h30
Auditório do Centro Cultural Elvino Pereira, Mação
Alvar Aalto - Visão para um Mundo Melhor
(1998, Eeva Vuorenpää, 54')

20 de Junho, 18h30
Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes, Torres Novas
O Divino Miguel Ângelo
(2004, Tim Dunn e Stuart Elliott, 118')

Estas sessões obtiveram a validação de 1 crédito cada no âmbito da formação obrigatória em temáticas opcionais dos estágios de ingresso na O.A.

domingo, 5 de maio de 2013

PROJECTAR EM MAÇÃO

A próxima sessão da actividade PROJECTAR, a décima primeira, realiza-se no dia 23 de Maio, pelas 21h30 no auditório do Centro Cultural Elvino Pereira, em Mação, e será dedicada à vida e obra do arquitecto finlandês Alvar Aalto.



Ver Centro Cultural Elvino Pereira num mapa maior

Mais informação brevemente.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

AS ESCOLAS - VISITA GUIADA

Realizou-se, no passado dia 17 de Abril, um encontro com o Arq. Manuel Aires Mateus na Escola Ciência Viva de Vila Nova da Barquinha, edifício de sua autoria, para uma conversa de apresentação desta sua obra que incluiu uma visita guiada ao edifício e à exposição "AS ESCOLAS", dedicada a esta e aos centros escolares de Alferrarede, Bemposta e Rio de Moinhos, no concelho de Abrantes, que contou com a presença de cerca de sete dezenas de participantes, numa iniciativa da Delegação de Abrantes da Ordem dos Arquitectos, com o apoio do Município de Vila Nova da Barquinha e da Escola Ciência Viva de Vila Nova da Barquinha.

Pode aqui ver o registo video dessa visita guiada:



No final da actividade, o Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha, Miguel Pombeiro, foi convidado a assinar o Livro de Honra desta delegação. Ver aqui.
Veja também aqui o contributo do Arq. Manuel Aires Mateus, em Outubro do ano passado.

Em breve, o video da conferência.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

ALTERAÇÃO DO ESTATUTO DA OA - SESSÃO DE ESCLARECIMENTO


Realiza-se na próxima terça-feira, dia 23, pelas 18h30, na sede da Delegação em Abrantes da Ordem dos Arquitectos, uma sessão de esclarecimento destinada aos membros da Ordem dos Arquitectos sobre o processo relativo ao Projecto de Alteração do Estatuto da Ordem dos Arquitectos, já enviado ao Governo de acordo com a Lei nº 2/2013 de 10 de Janeiro (Regime Jurídico de Criação, Organização e Funcionamento das Associações Públicas Profissionais), com a presença do Presidente da Ordem, Arquitecto João Belo Rodeia.

Morada e localização da sede aqui.

terça-feira, 16 de abril de 2013

PROJECTAR COM FRANK LLOYD WRIGHT


FRANK LLOYD WRIGHT é unanimemente considerado um dos mais importantes arquitectos do Século XX, cuja vida e obra será o foco da próxima sessão PROJECTAR, que se realiza esta quinta-feira, dia 18, pelas 21h30, na Biblioteca Municipal Ruy Gomes da Silva, na CHAMUSCA.
 
Frank Lloyd Wright nasceu em Richland Center (Wisconsin, EUA) a 8 de Junho de 1867, filho de um pastor Unitário e músico e de uma professora, que após vários anos de itinerância em função das colocações do pai, se fixa em Madison, Wisconsin, em 1878.

Após o divórcio dos pais em 1885, assumiu a responsabilidade de sutentar a mãe e as suas duas irmãs, passando pela Universidade de Winsconsin-Madison sem, no entanto, concluir o curso de engenharia, e em 1887 dirige-se para Chicago para trabalhar como desenhador em vários gabinetes da arquitectura até ser admitido no prestigiado gabinete do arquitecto Louis Sullivan, com quem permaneceu seis anos, e viria a considerar seu Mestre.

Em 1893 estabeleceu-se por conta própria, sendo a Casa William H. Winslow (River Forest, Illinois, 1893) o seu primeiro projecto como independente. Nos anos seguintes, Wright vai libertando-se pogressivamente das influências de Sullivan ou de concepções mais tradicionalistas para clientes mais conservadores, e desenvolver o estilo que virá a ser denominado como "Casas da Pradaria", caracterizado por uma grande ênfase na horizontalidade da composição (referência às pradarias), de que os melhores exemplos serão o Templo Unitário (Oak Park, 1905-09) ou a Casa Robie (Chicago, 1908-09).

Casado desde 1889 com Catherine Lee Tobin, com quem teve seis filhos, Wright envolve-se com Mamah Borthwick Cheney, a mulher de um cliente, com quem parte para a Europa em 1909, a pretexto da publicação de um portfolio da sua obra por Ernst Wasmuth, publicação em dois volumes que sairá em 1911 e que constitui a primeira divulgação da sua obra na Europa e o consequente reconhecimento internacional. Regressado aos Estados Unidos em Outubro de 1910, dedica-se à construção do lar para si e para a nova companheira, num terreno adquirido pela mãe, em Spring Green, Wisconsin, a que chamará Taliesin.

A sua vida com Mamah é tragicamente interrompida em Agosto de 1914, quando um empregado tresloucado pega fogo à moradia de Taliesin e assassina sete pessoas, entre as quais Mamah e os seus dois filhos, enquanto Wright se encontrava a trabalhar nos Midway Gardens (Chicago, 1913-14). Devastado pela tragédia dedica-se de corpo e alma à reconstrução de Taliesin e ao desenvolvimento dos seus projectos no Japão, com o Hotel Imperial (Tóquio, 1916-23), e em Los Angeles, como a Casa Hollyhock (East Hollywood, 1919-21) entre outras.

Regressado do Japão em 1922, ano em lhe é finalmente concedido o divórcio da primeira mulher, a falta de encomendas leva-o a encerrar o gabinete que abrira em Los Angeles, e a regressar a Taliesin. Após a morte da mãe em 1923, volta a casar, com Maude "Miriam" Noel, relação que termina com o divórcio em 1927.

Em 1928 casa com Olga Ivanovna Lazovich (Olgivanna), com quem já tinha uma filha, companheira que lhe devolve a estabilidade e o reconduz na "causa da Arquitectura" e com quem funda a "Taliesin Fellowship", uma escola de arquitectura, em 1932. Com poucos projectos a sairem do papel, dedica-se à escrita, publicando em 1934 duas importantes obras, An Autobiography que viria a inspirar muitos jovens arquitectos, e The Disappearing City no qual expôs o seu plano para uma cidade descentralizada, a Broadacre City.

Ainda considerado um grande arquitecto, mas dado como acabado, Wright vai marcar o seu "regresso" com três projectos notáveis, o edifício administrativo da S.C. Johnson & Son Company (Racine, Wisconsin, 1936), a Casa da Cascata "Fallingwater" (Mill Run, Pensilvania. 1934-37) e a Casa Herbert Jacobs (Madison, Wisconsin, 1937), a primeira Usonian House (Casa Estadunidense), casas práticas e económicas para a classe média, com coberturas planas e sem cave ou sótão.

No mesmo ano (1937), constroi no deserto do Arizona, perto de Scottsdale, o campus de Inverno da sua escola de arquitectura, a que chamará Taliesin West, para escapar aos rigorosos Invernos do Wisconsin, tornando regular a migração da comunidade estudantil entre os dois estados que se iniciara em 1933, e que se constituirá como o grande laboratório de experiências de Wright até à sua morte.

Em 1940, o Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA),  dedica-lhe uma exposição retrospectiva, e em 1943 recebe a mais importante encomenda da fase final da sua carreira, o projecto para um museu para albergar a colecção de arte abstracta de Solomon R. Guggenheim, em Nova Iorque, trabalho que o vai absorver durante os seguintes 16 anos, entre outros projectos que realizará até à sua morte, em 9 de Abril de 1959.

Ao longo da sua carreira de cerca de setenta anos, Frank Lloyd Wright realizou mais de 1100 pojectos, dos quais cerca de metade foram construídos. Foi premiado com a Medalha de Ouro do Royal Institute of British Architects (RIBA) em 1941 e a Medalha de Ouro do American Institute of Architects (AIA) em 1949.



Apoio:
Município da Chamusca


PROGRAMA:

18 de Abril, 21h30
Biblioteca Municipal Ruy Gomes da Silva, Chamusca
A Arquitectura de Frank Lloyd Wright
(1983, Murray Grigor, 72')

23 de Maio, 21h30
Mação
Alvar Aalto - Visão para um Mundo Melhor
(1998, Eeva Vuorenpää, 54')

Estas sessões obtiveram a validação de 1 crédito cada no âmbito da formação obrigatória em temáticas opcionais dos estágios de ingresso na O.A.